Fair play financeiro no futebol Brasileiro: Clubes propõem nova regra

Flamengo, Fluminense, Internacional e Fortaleza defendem o Fair Play Financeiro.
Foto: Mailson Santana / Fluminense FC
Mario Bittencourt, presidente do Fluminense, ao lado de Bap, presidente do Flamengo

O fair play financeiro no futebol brasileiro ganha destaque com propostas inovadoras de clubes como Flamengo, Fluminense, Internacional e Fortaleza. Durante o II Simpósio de Direito Esportivo, realizado nas Laranjeiras, sede do Fluminense, os dirigentes demonstraram apoio à ideia de não permitir que times inadimplentes entrem em campo.

Proposta de Restrição de Jogos

O presidente do Fluminense, Mário Bittencourt, sugeriu uma abordagem simples e eficaz: "não pagou, não joga". Essa medida, segundo ele, poderia ser implementada de forma imediata, trazendo equilíbrio e justiça competitiva ao esporte. O apoio dos dirigentes presentes reforçou a importância da transparência e da responsabilidade financeira no cenário futebolístico nacional.

Desafios e Controle

Luiz Eduardo Baptista, presidente do Flamengo, destacou a necessidade de punir os clubes inadimplentes com perda de pontos ao longo do tempo. Ele ressaltou que mesmo com a transformação de clubes em Sociedades Anônimas de Futebol (SAFs), algumas dívidas permanecem sem solução, independentemente do modelo de gestão adotado.

Alessandro Barcelos, presidente do Internacional, endossou a proposta, porém levantou questões sobre a fiscalização e o controle efetivo. A preocupação em relação ao órgão responsável por garantir o fair play financeiro foi compartilhada por Marcelo Paz, CEO do Fortaleza, que enfatizou a importância de um sistema de controle ágil, eficiente e transparente para evitar distorções e desigualdades.

Desafios e Perspectivas Futuras

O debate em torno do fair play financeiro também abordou a necessidade de uma estrutura mais ágil e menos suscetível a influências políticas. A referência ao Corinthians como exemplo de clube mal pagador e às questões envolvendo transferências e gestão financeira ressaltam a urgência de aprimorar os mecanismos de fiscalização e compliance no cenário esportivo nacional.

Apesar do apoio à iniciativa, é importante destacar que existem desafios a serem superados, como a agilidade e eficácia dos processos de controle, a independência das decisões e a transparência nas relações financeiras entre os clubes. O fair play financeiro, quando efetivamente implementado, pode promover uma maior equidade e sustentabilidade no futebol brasileiro, contribuindo para um ambiente esportivo mais ético e equilibrado.

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