A Justiça argentina definiu um novo tribunal para conduzir o julgamento relacionado à morte de Diego Maradona, que teve o processo anterior anulado devido a um impedimento judicial. O julgamento ocorrerá em San Isidro, nos arredores de Buenos Aires, próximo à residência onde Maradona faleceu em novembro de 2020 aos 60 anos, vítima de um edema pulmonar após uma cirurgia cerebral.
Sete profissionais da saúde, incluindo o médico pessoal de Maradona, Leopoldo Luque, são acusados de homicídio com dolo eventual e enfrentam a possibilidade de condenação a penas que variam de oito a 25 anos de prisão. Uma oitava enfermeira será julgada separadamente por um júri específico.
O processo teve início em março e contou com mais de 40 testemunhas ouvidas em 20 audiências, porém foi anulado devido ao envolvimento da juíza Julieta Makintach na produção de um documentário não autorizado sobre o caso. A Suprema Corte da província de Buenos Aires a suspendeu, e a mesma enfrentará um processo disciplinar em relação ao ocorrido.
Os juízes sorteados para o novo tribunal são Roberto Gaig, Alejandro Lago e Alberto Ortolani. Francisco Oneto, que agora integra a equipe de defesa do médico Leopoldo Luque, mencionou que a próxima fase consistirá na audiência de constituição do tribunal e na apresentação das provas para o desenrolar do julgamento.
Até o momento, não foi estabelecida uma data para o reinício do julgamento, que desperta grande interesse na Argentina e no mundo, devido à importância e repercussão do caso envolvendo uma das maiores lendas do futebol mundial.