O ex-presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), José Maria Marin, faleceu aos 93 anos na madrugada deste domingo, em São Paulo. O velório está programado para a tarde na capital paulista, sem a divulgação da causa do óbito.
José Maria Marin assumiu a presidência da CBF em 2012, sucedendo a Ricardo Teixeira, e permaneceu no cargo até 2015, quando foi substituído por Marco Polo del Nero. Durante sua gestão, a sede da CBF foi inaugurada no Rio de Janeiro, recebendo o seu nome, decisão posteriormente revertida por Rogério Caboclo.
Em 2015, Marin foi preso na Suíça em uma operação do FBI relacionada a escândalos de corrupção na Fifa, sendo posteriormente extraditado para os Estados Unidos. Após julgamento, foi condenado à prisão, mas foi libertado anos mais tarde, durante a pandemia de Covid-19, retornando ao Brasil.
Além de seu envolvimento no futebol, Marin teve uma carreira diversificada, atuando como advogado, vereador e deputado estadual por São Paulo nas décadas de 1960 e 1970. Também ocupou o cargo de vice-governador ao lado de Paulo Maluf, assumindo interinamente o governo paulista em 1982.
No contexto da ditadura militar, época em que os governadores eram eleitos por meio de votação indireta por parlamentares alinhados ao regime, José Maria Marin desempenhou papéis de destaque na política do estado de São Paulo.
Com uma vida marcada por diversos cargos públicos e sua passagem controversa pela presidência da CBF, a trajetória de José Maria Marin deixa um legado polêmico e significativo no cenário esportivo e político brasileiro.