
A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) decidiu não tornar públicos os áudios dos lances polêmicos ocorridos no confronto entre São Paulo e Palmeiras, que terminou com a vitória do Palmeiras por 3 a 2, de virada, no Morumbi. O jogo, válido pela 27ª rodada do Campeonato Brasileiro, aconteceu no último domingo.
O motivo para essa decisão está no protocolo da CBF, que determina a divulgação apenas dos áudios de lances revisados pelo árbitro no monitor. Durante o clássico, nenhum dos lances contestados por São Paulo ou Palmeiras passou por essa análise específica.
Mesmo que os clubes possam requisitar os áudios das conversas da arbitragem através de um Fórum Permanente, a divulgação desses áudios é limitada. Apenas os clubes envolvidos, a CBF e os profissionais que participaram do jogo têm acesso a esse conteúdo.
Os árbitros Ramon Abatti Abel e Ilbert Estevam da Silva, que comandaram a arbitragem da partida, foram afastados pela CBF para um processo de reciclagem.
O São Paulo manifestou descontentamento com pelo menos cinco lances nos quais acredita que erros da arbitragem influenciaram o resultado. Entre eles, um possível pênalti não assinalado no início do segundo tempo, quando Allan escorregou e derrubou Tapia dentro da área. O comentarista de arbitragem da Globo, PC Oliveira, afirmou que o pênalti deveria ter sido marcado.
Além disso, o São Paulo questiona a falta de recomendações do VAR para revisões em outros lances, como uma agressão de Gustavo Gómez em Tapia e uma entrada de Raphael Veiga em Enzo Días. Ainda, Abel Ferreira, técnico do Palmeiras, mencionou que Bobadilla, já advertido com cartão amarelo, merecia expulsão por impedir um contra-ataque ao puxar Allan.
A partida viu o São Paulo abrir o placar com dois gols de Luciano e Tapia na primeira etapa. No entanto, após os lances controversos, o Palmeiras conseguiu reverter o placar com gols de Vitor Roque, Flaco López e Sosa, garantindo a vitória no segundo tempo.