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Eleição da CBF em xeque: 20 clubes boicotam votação por insatisfação

América-MG, Corinthians, Flamengo e outros manifestam descontentamento com o processo eleitoral.
Foto: Lucas Figueiredo/CBFSede da CBF
Sede da CBF

Um comunicado emitido na noite de quarta-feira revelou que um grupo de 20 clubes, entre eles o América-MG, decidiu não comparecer à votação que elegerá o próximo presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF). A decisão conjunta dos clubes, como Corinthians, Athletico-PR e Flamengo, reflete a insatisfação com o atual processo eleitoral da entidade.

Descontentamento e Posicionamento

Os clubes, representados por times como Santos e São Paulo, manifestaram sua discordância em relação ao cenário eleitoral vigente, optando por não participar da votação. O comunicado ressalta a intenção de dialogar com a futura gestão, a fim de discutir mudanças no processo eleitoral e outras demandas que impactem positivamente o futebol nacional.

Cenário Eleitoral e Candidatos

A eleição, marcada para 25 de maio, apresenta Samir Xaud, de 41 anos, como virtual vencedor da presidência da CBF, devido ao apoio da maioria das federações. Embora houvesse a possibilidade de disputa com Reinaldo Carneiro Bastos, este último não conseguiu inscrever sua chapa por não atender ao mínimo de oito federações exigidas pelo estatuto.

Samir Xaud consolidou seu favoritismo ao angariar o apoio de 25 das 27 federações, sob a chapa "Futebol para Todos – Transparência, Inclusão e Modernização". Por outro lado, a maioria dos clubes, incluindo Coritiba e Internacional, não compartilha do mesmo apoio, manifestando sua posição contrária à atual condução da entidade.

Posicionamento dos Clubes

Mesmo com a adesão de times como Vasco, Botafogo e Volta Redonda, Samir Xaud enfrenta a resistência de uma parcela significativa de clubes brasileiros. A decisão de não participar da votação reflete a busca por maior democracia, transparência e representatividade no meio esportivo, sinalizando a necessidade de reformas no sistema eleitoral da CBF.

A posição conjunta dos clubes, liderados por América-MG e respaldados por outras grandes agremiações, destaca a importância da participação ativa dos times na construção de um futebol mais justo e equilibrado para todos os envolvidos.