Rio - Em reunião do Conselho Deliberativo, a diretoria do Flamengo detalhou o projeto do novo estádio no terreno do Gasômetro. O presidente Bap anunciou que a conclusão das obras está prevista para julho de 2036.
A gestão atual identificou que a administração anterior subestimou os custos do projeto. A FGV realizou um estudo que ajustou os valores, incluindo inflação e contingências, para R$ 2,66 bilhões. Considerando o custo de capital, o valor total do estádio alcançará R$ 3,1 bilhões. Antes, a diretoria de Rodolfo Landim previa R$ 1,9 bilhão e inauguração em 2029.
Durante o encontro, o Flamengo apresentou estudos de sondagem, topografia e descontaminação do terreno, conduzidos por cinco empresas. Participaram da reunião, além de Bap, Alexandre Rangel, da RRA Consultoria, e Ricardo Simonsen, Henrique Castro e Bauer Rachid, da FGV Conhecimento.
O clube destacou que um grupo de especialistas trabalhou para corrigir distorções do projeto original, que incluíam custos e prazos irreais, receitas superestimadas e um modelo financeiro insustentável.
O estudo também revelou uma redução nas receitas projetadas. O plano anterior estimava um valor médio de ingresso de R$ 195,44, que é superior ao dobro da média atual, com 30% dos assentos como VIP ou Premium, o que duplica a oferta atual do Maracanã.
A FGV indicou que a descontaminação do terreno deve levar de 18 a 24 meses após a saída da Naturgy, um passo essencial para obter as licenças de construção. Isso significa que a obra não começará antes de seis a sete anos, com mais três anos para concluir a construção.
Entre as novas diretrizes estão um estádio otimizado para 72 mil lugares, com menos assentos premium, e um custo revisado de R$ 2,2 bilhões. A estratégia de financiamento será sustentada pela geração de receitas internas, sem afetar o desempenho esportivo.
