
O ex-jogador Robinho, atualmente preso em Tremembé desde março de 2024 por um estupro coletivo ocorrido na Itália em 2013, teve seu pedido de redução de pena negado pela Justiça. A decisão, divulgada pelo Tribunal de Justiça de São Paulo na última quinta-feira (15), rejeitou a solicitação da defesa de Robinho, que buscava diminuir 50 dias de sua sentença de nove anos com base em um curso profissionalizante que ele realizou durante o período de detenção.
Curso Profissionalizante na Cadeia
No ano passado, entre os meses de abril e setembro, Robinho estudou "Eletrônica Básica, Rádio e TV" na modalidade de ensino à distância, totalizando 600 horas de duração. A defesa do ex-jogador fundamentou o pedido de redução de pena na Lei de Execuções Penais, que prevê a diminuição de um dia de pena para cada 12 horas de estudo. Apesar dos cálculos realizados e protocolados no processo, a autorização da Justiça não foi concedida.
Condenação na Itália e Extradição
Em 2022, Robinho foi condenado na Itália a nove anos de prisão por violência sexual em grupo contra uma jovem albanesa, crime cometido em 2013, em Milão. Após esgotar todas as possibilidades de recurso no país europeu, as autoridades italianas solicitaram sua extradição, que foi negada pelo Brasil por questões legais.
O Superior Tribunal de Justiça (STJ) determinou, em março do ano passado, que Robinho cumpriria a pena no Brasil, em regime fechado, decisão essa confirmada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) posteriormente.
Situação Atual de Robinho
Preso pela Polícia Federal de Santos, Robinho foi encaminhado para o complexo prisional de Tremembé após a audiência de custódia. Mesmo com o pedido de habeas corpus negado pelo STF, sua prisão foi mantida, seguindo as determinações judiciais.
Diante desse cenário, a Justiça negou o benefício da redução de pena baseada no curso realizado por Robinho na cadeia, mantendo assim a sentença originalmente estabelecida. O ex-jogador permanece detido aguardando o cumprimento integral de sua pena pelo crime de estupro coletivo.