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Operação Pax Stadium combate crimes ligados a torcidas no Rio

Polícia mira criminosos infiltrados em torcidas organizadas.
Foto: ReproducaoAgentes cumprem mandados de busca e apreensao contra 39 alvos em diferentes enderecos, incluindo as sedes das principais uniformizadas
Agentes cumprem mandados de busca e apreensao contra 39 alvos em diferentes enderecos, incluindo as sedes das principais uniformizadas

A Polícia Civil do Rio de Janeiro deflagrou, nesta quinta-feira (18), a "Operação Pax Stadium", direcionada a integrantes de torcidas organizadas envolvidos em crimes. Os agentes cumprem mandados de busca e apreensão contra 39 alvos em diversos locais, incluindo as sedes das principais uniformizadas de Botafogo, Flamengo, Fluminense e Vasco. Durante a operação, dois homens foram presos em flagrante, um por confronto com os agentes e outro por posse ilegal de arma de fogo, e dois fuzis foram apreendidos.

As autoridades enfatizaram que a operação não tem como alvo as torcidas organizadas em si, mas sim indivíduos que se passam por torcedores para cometer atos violentos, como roubos e homicídios. Segundo a Polícia Civil do Rio, esses criminosos usam redes sociais para organizar confrontos, cujos resultados têm sido cada vez mais graves, com incidentes recentes de feridos e mortes. A ação visa coletar mais informações para identificar as organizações criminosas dentro das torcidas.

A operação foi iniciada seis dias após um trágico incidente em que um torcedor do Vasco foi morto a tiros durante uma briga antes do clássico entre Vasco e Botafogo pela Copa do Brasil.

A polícia investiga a possível participação da Jovem Fla, principal torcida organizada do Flamengo, no incidente. A uniformizada, que havia sido autorizada a voltar aos estádios há duas semanas após dois anos de suspensão, foi novamente proibida pelo Juizado Especial do Torcedor e dos Grandes Eventos. Outras torcidas, como a Força Jovem do Vasco e a Fúria Jovem do Botafogo, também estão sendo analisadas a pedido do Ministério Público.