O presidente interino do Corinthians, Osmar Stabile, e o presidente do Conselho Deliberativo do clube, Romeu Tuma Júnior, foram ouvidos pelo Ministério Público de São Paulo na última quinta-feira. Eles prestaram esclarecimentos acerca dos cartões corporativos do clube e da prestação de contas da presidência, em meio a uma investigação que apura possíveis crimes cometidos por ex-dirigentes e empresas ligadas ao Corinthians.
O Ministério Público intensificou a investigação sobre o Oliveira Minimercado, suspeito de ser uma empresa de fachada. Registros apontam que, entre os dias 18 e 31 de outubro de 2023, o estabelecimento emitiu sete notas fiscais para o Corinthians, totalizando R$ 32.580. No entanto, moradores afirmam que o local é residencial e nunca funcionou como comércio.
Alexsander Marques Canudo e Geovana Batista de Oliveira, ligados à empresa, serão convocados para depor. Suspeita-se que a dupla seja proprietária de outras empresas fictícias. Além disso, uma associação cultural no mesmo endereço também está sob investigação.
Alexsander Marques Canudo nega que o Minimercado Oliveira seja irregular:
– A empresa de fato operava no endereço informado, com foco na produção e venda de marmitex. Embora atualmente possa não estar em atividade, na época das notas fiscais, as operações eram regulares. O serviço prestado ao Corinthians foi real e executado conforme acordado – declarou via mensagem.
Contexto da investigação
A investigação teve início em julho, focando na utilização indevida de cartões de crédito nas gestões dos ex-presidentes Andrés Sanchez e Duilio Monteiro Alves. Denilson Grillo, ex-motorista de Duilio, também está sob investigação.
O Ministério Público ampliou o escopo, solicitando as faturas dos cartões durante a gestão de Augusto Melo. O promotor responsável, Cássio Roberto Conserino, já ouviu o gerente financeiro do clube e solicitou documentos adicionais.
A investigação teve início a partir de denúncias de torcedores, que divulgaram faturas vazadas dos cartões corporativos do clube. Andrés Sanchez admitiu um gasto indevido e reembolsou o Corinthians.
