O presidente do Cuiabá, Cristiano Dresch, levantou críticas contundentes em relação à atuação da Câmara Nacional de Resolução de Disputas (CRND), órgão criado pela CBF para solucionar conflitos entre federações e clubes. Para Dresch, a entidade máxima do futebol brasileiro tem desempenhado um papel negativo no cenário das dívidas dos clubes, em vez de evitá-las.
Cobrança de Dívidas e Inadimplência
Em entrevista ao Uol, o dirigente do Cuiabá expôs sua insatisfação com a situação, destacando casos específicos que envolvem clubes como Corinthians, Santos e Atlético-MG. Dresch aponta que, no atual cenário, as equipes estão adquirindo jogadores, mas não cumprindo com os pagamentos devidos, o que gera um ciclo de inadimplência prejudicial para todos os envolvidos.
O presidente do Cuiabá revelou que o clube possui um montante significativo a receber dessas agremiações. No total, são quase R$ 34 milhões em dívidas pendentes, sendo o Corinthians, o Santos e o Atlético-MG os principais devedores. Enquanto isso, os clubes continuam realizando contratações milionárias, o que agrava a situação de inadimplência e desrespeito aos acordos estabelecidos.
Situação Contratual e Pendências Financeiras
No que diz respeito aos valores em aberto, o Corinthians está em negociação com o CRND para regularizar a situação referente à contratação de Raniele, jogador adquirido no final de 2023, com atrasos nos pagamentos das parcelas. Já o Atlético-MG acumula uma dívida de aproximadamente 4 milhões de reais com o Cuiabá, incluindo juros e multas, pela aquisição definitiva de Deyverson. Por sua vez, o Santos possui uma pendência financeira de 11 milhões de reais pela compra de Joaquim do clube mato-grossense.
Diante desse cenário, o presidente do Cuiabá destaca a urgência da revisão dos processos e políticas vigentes, a fim de coibir a inadimplência e a falta de transparência nos negócios do futebol brasileiro. A cobrança por parte de clubes como o Cuiabá demonstra a necessidade de uma postura mais responsável e ética por parte de todos os envolvidos, visando à sustentabilidade financeira e à lisura nas relações comerciais no meio esportivo.
