
O São Paulo enfrenta dificuldades com atrasos no pagamento de direitos de imagem de seus jogadores. Apesar dos salários em carteira assinada estarem atualizados, os repasses complementares sofrem atrasos de dois a três meses.
O clube mantém silêncio e não comenta oficialmente sobre essas pendências. No futebol, é comum o pagamento de salários ser dividido entre a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) e direitos de imagem, pagos a uma pessoa jurídica. Entretanto, a segunda parte frequentemente enfrenta atrasos.
Conforme a Lei Geral do Esporte, a rescisão unilateral pode ser solicitada por jogadores se houver dois meses de atraso nos salários formais. Nesse caso, atletas podem se recusar a treinar e competir sem penalizações.
Por outro lado, o incentivo financeiro conhecido como 'bicho' foi reajustado antes da derrota para o Mirassol. Uma nova reunião está prevista para terça-feira, com o presidente Júlio Casares buscando aumentar sua presença no CT da Barra Funda, ao lado do CEO Márcio Carlomagno. Apesar dos esforços, o sonho de uma vaga na Libertadores está distante após três derrotas consecutivas.
De acordo com a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), as chances do São Paulo classificar-se para a competição continental são de apenas 4,4%. A crise financeira tem sido um desafio constante, com a dívida do clube rondando R$ 1 bilhão no início do ano. Para equilibrar as contas, o São Paulo evitou grandes contratações e reduziu o elenco.
Relatório recente destacou que o clube conseguiu uma redução de R$ 56 milhões em seu endividamento, apesar do aumento das despesas com o futebol. Até outubro, o total caiu de R$ 968 milhões para R$ 912 milhões, graças à diminuição de 22% no endividamento bancário.
Uma das estratégias para aumentar a arrecadação é o Fundo de Investimento em Participações (FIP) de Cotia, que prevê separar o centro de formação do clube e buscar um investidor externo. Contudo, o plano está em espera até o fim da temporada, após debates no Conselho Deliberativo.