Em 2023, a seleção brasileira já teve gols de zagueiros, volantes, meias, pontas... mas até agora ainda não marcou com aqueles que têm como maior atribuição balançar as redes: os centroavantes.
O último gol do Brasil anotado por um “camisa 9”, independentemente do número utilizado na camisa, foi nas oitavas de final da Copa do Mundo, quando Richarlison marcou na goleada por 4 a 1 sobre a Coreia do Sul. Desde então, entrou em campo sete vezes, sendo seis neste ano.
Este é o maior jejum de centroavantes da Seleção desde 2017. Daquela vez, o Brasil atravessou oito partidas – entre amistosos e Eliminatórias – com seus centroavantes passando em branco.
Ao longo de 2023, diferentes jogadores desempenharam a função de referência no ataque canarinho: Richarlison, Gabriel Jesus, Matheus Cunha, Rony, Yuri Alberto e Vitor Roque.
Nos três primeiros jogos da era Fernando Diniz, o Pombo foi bancado como titular e até chegou a marcar diante do Peru. Porém, o gol foi anulado. Coube aos zagueiros Marquinhos e Gabriel Magalhães a tarefa de balançar as redes nas últimas duas partidas.
– Isso passa com todos os atacantes. Ficar um tempinho sem fazer gol é ruim, mas acaba sendo uma distorção. Os zagueiros fizeram gol em bola parada, mas a gente teve chance e não marcou. É trabalhar para os gols voltarem a sair, e os atacantes marcarem. Tivemos chances para fazer gols. Dá ansiedade, isso acaba atrapalhando – reconheceu Rodrygo, que na Seleção é escalado aberto pelos lados do campo.
O Brasil volta a campo na terça-feira, contra o Uruguai, às 21h (de Brasília), em Montevidéu, pela quarta rodada das Eliminatórias.
No treino do último sábado, Fernando Diniz teve uma conversa reservada com Gabriel Jesus, mas não mostrou aos jornalistas se fará ou não mudança no comando do ataque. Antes do empate com a Venezuela, o técnico saiu em defesa de Richarlison:
– Se o Richarlison tivesse feito um gol em cada partida, a gente ia estar falando que ele jogou super bem. Ele não fez os gols, mas jogou muito bem, tanto na parte técnica quanto tática.