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Lázaro acerta escalação do Corinthians em Dérbi, sofre com elenco curto, mas sai

Empate por 2 a 2 contra um dos melhores times do país mostra boas decisões do técnico
Foto: GE SPLázaro acerta escalação do Corinthians em Dérbi, sofre com elenco curto, mas sai fortalecido
Lázaro acerta escalação do Corinthians em Dérbi, sofre com elenco curto, mas sai fortalecido

Muita gente achou ousadia quando a escalação do Corinthians para o clássico contra o Palmeiras, nesta quinta-feira, na Neo Química Arena, surgiu com um meio-campo formado por Roni, Giuliano, Renato Augusto e Adson. Três jogadores com características ofensivas diante de um bom rival, há anos uma das melhores equipes do país.

Foto: GE SP2Róger Guedes e Renato Augusto empurraram Corinthians no início do Dérbi — Foto: Marcos Ribolli

Mas o técnico Fernando Lázaro fez uma escolha correta, que o campo mostrou no empate por 2 a 2.

Sacado do time, Du Queiroz vem oscilando. Mas a decisão de lançar dois meias de origem (Renato e Giuliano) na articulação parecia excesso de risco. Só que Giuliano não é um meia "irresponsável".

Jogador de doação, articulação, mas também recomposição, Giuliano deu o equilíbrio necessário para o time num jogo que, sem chuva, se desenhava para ser mais técnico. Empurrado por 45 mil pessoas, o Corinthians soube aproveitar dos erros propiciados pelo campo molhado e fez 1 a 0 numa roubada de bola de... Giuliano. Renato Augusto serviu Róger Guedes, que abriu o placar em Itaquera.

Por conta das poças d'água, o jogo ficou imprevisível, uma grande pelada. Novas chances surgiram, mas o Verdão conquistou o empate num lance de vacilo da defesa, em bola cruzada e desviada por Rony em erro de Gil. O Timão, que iniciou com Guedes e Renato em alta, foi perdendo força.

Foto: GE SPLázaro acerta escalação do Corinthians em Dérbi, sofre com elenco curto, mas sai fortalecido
Lázaro acerta escalação do Corinthians em Dérbi, sofre com elenco curto, mas sai fortalecido

Lázaro mexeu na equipe, tirando Adson no intervalo e colocando Romero. Uma opção questionável, já que o paraguaio vem acumulando atuações ruins. E que talvez mais uma vez evidencie a falta de peças de um elenco curto. Lázaro só mexeu mais uma vez, tirando Roni e lançando Fausto Vera.

O Palmeiras voltou melhor na etapa final, virou o jogo numa jogada de escanteio (algo sempre forte no rival) e poderia até ter ampliado. Mas o Corinthians teve o mérito de jamais desistir do jogo. Num momento de baixa do Palmeiras, empatou com Gil, em lance iniciado por uma bola parada.

Placar de 2 a 2 definido. Em dois clássicos no ano, uma vitória contra o São Paulo e essa igualdade.

E embora a vitória não tenha acontecido, o Corinthians de Lázaro saiu fortalecido do Dérbi. O técnico bancou uma decisão diferente de escalação e conseguiu fazer o time render em boa parte do jogo. Não fosse Weverton e suas grandes defesas, o Timão poderia até ter vencido em casa.

Uma derrota em casa jogaria mais pressão em Lázaro, que já não vence há três jogos. O empate mantém o técnico numa zona de desconfiança do torcedor, mas também de esperança. A diretoria pede tempo a Lázaro. Os jogadores elogiam a forma de trabalho. A torcida chia, ora e... torce.

Foto: GE SP1
Arena Corinthias

O que o empate não pode mascarar é a diferença entre os elencos. O Corinthians segue atrás do rival. Mas na vontade, com Arena lotada e uma boa estratégia, consegue fazer melhor que em 2022.