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Caçulas pedem passagem, e Brasil vence sob a batuta de volantes e Vitor Roque.

Entradas de Pedrinho e Luís Guilherme, de apenas 16 anos, ajuda a desamarrar partida com Peru e abre espaço par protagonismo de Andrey e Marlon Gomes. Atacante faz dois no 3 a 0
Foto: GECaçulas aumentam repertório, e Brasil vence sob a batuta de volantes e Vitor Roque
Caçulas aumentam repertório, e Brasil vence sob a batuta de volantes e Vitor Roque

Um cartão de visitas animador para uma seleção que luta para superar a desconfiança e levar o Brasil de volta ao Mundial Sub-20.

Com uma exibição que melhorou consideravelmente no decorrer da partida, a equipe de Ramon Menezes fez 3 a 0 sobre o Peru na estreia no Sul-Americano da Colômbia. Sob a batuta dos volantes Andrey e Marlon Gomes, de Vitor Roque, o Brasil apresentou variação de repertório importante após as entradas dos caçulas Pedrinho e Luís Guilherme, de apenas 16 anos.

Foto: GECaçulas aumentam repertório, e Brasil vence sob a batuta de volantes e Vitor Roque
Andrey e Vitor Roque comemoram um dos gols do Brasil no Sub-20 — Foto: Rafael Ribeiro / CBF

Para se ter ideia do quanto a vitória convincente serve para aumentar o moral, oBrasilprecisou de apenas uma partida para igualar os três gols marcados em toda fase inicial da última edição da competição, em 2019, no Chile. A variação tática do 4-3-3 inicial para um 4-4-2 que permitiu maior aproximação foi determinante para que a Seleção conseguisse se impor, principalmente no segundo tempo amplamente dominante.

O início da partida foi nervoso, fosse pela tensão natural da estreia, fosse pela imposição física dos peruanos ou até mesmo pelo susto da perda deWeverton logo aos dez minutos. O Brasil tinha dificuldade para ter a bola no campo de ataque e passava por apuros com o jogo aéreo do adversário. A lentidão na saída de bola permitiu que o Peru estivesse sempre arrumado defensivamente, fechando os espaços.

O Brasil apostava nas aproximações pelos lados. Se Robert Renan e Andrey eram responsáveis pela iniciação das jogadas, havia a tentativa de superioridade numérica com Alexander, Biro e Patrick pela esquerda,Arthur, Marlon Gomes e Stênio na direita. Poucas chances claras, no entanto, foram criadas até o intervalo.

A dinâmica se manteve no segundo tempo, com a maioria das jogadas desenhadas pela esquerda com Biro e um Patrick mais participativo. A medida que o Brasilconseguia empurrar mais a linha defensiva peruana, Marlon Gomes e Andreytinham espaço tanto para ajudar na construção, quanto para arriscar chutes perigosos de média distância.

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Brasil fez mais gols na estreia do que em toda primeira fase em 2019 — Foto: Rafael Ribeiro / CBF
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Os volantes assumiram definitivamente o protagonismo com as mudanças de Ramon: saíram Biro, Alexsander e Stênio para as entradas de Giovane, Luís Guilherme e Pedrinho - os dois últimos ainda com idade de Sub-17. O Brasil passou a ter maior dinâmica e aproximação, e os gols não demoraram a sair.

Marlon Gomes tinha acabado de acertar a trave quando levantou a bola na área para Luís Guilherme, que jogou mais próximo de Vitor Roque, escorar para o atacante do Athletico-PR abrir o placar. Pouco depois foi Andrey quem teve espaço para infiltrar e pisar na área. O volante do Chelsea primeiro tentou o passe, mas viu a bola sobrar para cabecear despretensiosamente e ampliar.

O placar era suficiente, a vitória estava garantida, mas Vitor Roqueainda teve tempo para sofrer pênalti após boa jogada pela esquerda. O próprio cobrou deslocando o goleiro para decretar o 3 a 0. O Brasilvenceu e convenceu no primeiro teste.

Foto: GEBrasilVitor Roque comemora um de seus dois gols no 3 a 0 do Brasil — Foto: Rafael Ribeiro / CBF