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Vasco joga mal, mas vitória traz torcida para perto antes de clássico.

Vitória sobre o Cuiabá dá moral para Vasco encarar sequência no Campeonato Brasileiro
Foto: GEVasco joga mal, mas vitória traz torcida para perto antes de clássico contra o líder
Vasco joga mal, mas vitória traz torcida para perto antes de clássico contra o líder

A vitória sobre o Cuiabá, nesta quinta-feira, não tirou o Vasco da zona de rebaixamento. Mas tão importante quanto subir na tabela é ganhar confiança para a sequência. E Ramón Díaz conseguiu isso com o 2 a 0 na Arena Pantanal. Resultado que eleva a moral do time e traz a torcida para perto antes de um clássico em São Januário.

O Vasco jogou mal, sentiu o desgaste do calor de 37º em Cuiabá, mas aprendeu com o empate frustrante da última rodada, contra o Goiás. A começar pela escalação inicial: Ramón voltou com o esquema que mais funcionou e com os jogadores que vinham rendendo melhor.

A ausência de Vegetti foi um problema para o time. Escolhido para substituir o artilheiro, Sebastian fez um primeiro tempo ruim, assim como quase todos os outros jogadores do Vasco. Erick Marcus e Pec não construíram pelas pontas. Nem Praxedes e Paulinho aceleraram a transição pelo meio. Dessa forma, o centroavante pouco brigou na frente. O time foi nulo no ataque.

Foram apenas duas chances criadas pela equipe carioca no primeiro tempo: aos 8 e aos 39 minutos, em chutes de Praxedes de fora da área. Fora isso, o Vasco não chegou ao gol de João Carlos.

O Cuiabá, a todo momento, dava indícios de que chegaria ao gol. Esteve mais perto da vitória e exigiu grande defesa de Léo Jardim em cabeceio de Deyverson, aos 36 minutos. Pitta também deu trabalho para Paulo Henrique pela ponta esquerda. Com a posse, o time da casa apostou na bola longa para seus atacantes brigarem e encontrou espaços no campo do Vasco, mas parou em boa atuação da linha de defesa. Maicon foi absoluto na zaga.

O segundo tempo foi diferente, mas começou de forma apreensiva. O Cuiabá pressionou o Vasco e criou duas boas chances em três minutos, em uma delas acertando a trave de Léo Jardim. No momento de mais dificuldade, porém, o time de Ramón encontrou as redes.

A participação de Sebastian, até então apagado, foi fundamental. Sem ele, o ataque do Vasco terminaria mais uma vez sem perigo para o goleiro do Cuiabá. Praxedes chutou uma bola sem direção ao gol, o atacante paraguaio se esforçou para aproveitar e finalizar. A bola tocou a trave e sobrou para Gabriel Pec, sem goleiro, empurrar de cabeça para o gol, aos 11 minutos.

Depois disso, o jogo ficou menos sonolento. O Cuiabá buscou o ataque e deu espaços para o Vasco contra-atacar. O cenário lembrou muito o jogo contra o Goiás, mas com final diferente. Ramón Díaz fez a leitura certa desta vez. Povoou sua defesa com as entradas de Léo e Puma, e o time conseguiu segurar as investidas do adversário, apesar de deixar muito espaço na frente da sua área.

Léo Jardim fez outra boa defesa aos 21 minutos, mas o Cuiabá não conseguiu mais assustar e esbarrou nas próprias limitações na hora de concluir. As entradas de Orellano e Alex Teixeira deram fôlego ao Vasco no ataque e, em momento de pressão adversária, o time soube definir.

Diferentemente do que aconteceu muitas vezes no campeonato, quando sofreu gols no fim ou do primeiro ou do segundo tempo, foi o Vasco quem matou o jogo. Com a ajuda de Alex Teixeira, que mesmo impedido confundiu a marcação, Orellano deixou cinco jogadores do Cuiabá para trás e chutou na saída do goleiro, nos acréscimos. Gol que tira um peso das costas do atacante argentino.

O jogo foi difícil, feio, mas o Vasco venceu. E nesta quinta era só isso o que importava. Resultado que dá confiança para o time e para Orellano, individualmente. E para a torcida, que ganha mais um motivo para voltar a acreditar na reação.

O time de Ramón Díaz não deixou o Z-4, mas venceu em momento crucial no campeonato: antes do clássico contra o Botafogo, na próxima segunda-feira. Com o rival também pressionado, o Vasco pode aproveitar a apreensão do outro lado para se dar bem com as arquibancadas lotadas em São Januário.