Depois de uma eliminação na Libertadores e uma derrota em um Dérbi, o Corinthians volta a entrar em campo nesta quarta-feira (16) em busca de uma vaga nas semifinais da Copa do Brasil. O Timão precisa reverter um placar adverso em Itaquera e, mais do que nunca, o ídolo Marcelinho Carioca destacou que é o momento dos jogadores "chamarem a responsabilidade" de vestir a camisa do clube.
Em entrevista à ESPN Brasil, o ex-camisa 7 do clube puxou a orelha dos jogadores do Timão. Marcelinho afirmou que falta a alguns atletas assumir a responsabilidade de usar a camisa do Corinthians e de fazer a mesma uma "segunda pele".
"O jogador que joga na grandeza do Corinthians, no peso que tem a camisa do Corinthians, se o cara não chamar a responsabilidade, se não entender que é a segunda pele, não vai conseguir desenvolver, andar, ir no teatro, no cinema, no restaurante. Tem que colocar na cabeça dele que tem que fazer história, que tem que cravar o nome na história da instituição. Bom está cheio, diferente são poucos. Eu cheguei em São Paulo dessa forma. Escolhi ser profissional do futebol assim. Mas vai de cada um. O bagulho é embaçado. Não é jogar mais ou menos, é dividir de cabeça, é muito além", afirmou Marcelinho.
"Acho que o grupo tem esse pensamento, mas tem que demonstrar mesmo para a torcida. Foi enfrentar o Flamengo com 80 mil e conseguiu bater de frente. Por que não fez isso na Arena? Enfrentar de igual. Falar para o treinador: ‘Não coloca na retranca, vamos para frente’. Os jogadores têm que ter voz ativa, conversar entre eles. Se aceitar tudo, começa a ser coadjuvante. Se não tem personalidade na vida, ele aceita tudo", completou o ex-jogador.
Marcelinho Carioca também destacou a importância de todos os jogadores mostrarem representatividade aos torcedores que acompanham o clube. O ex-atleta reforçou que, para um jogador do Corinthians, a parte técnica não necessita ser um primor se, dentro de campo, houver raça.
"A representatividade do atleta vai da personalidade de cada um. Têm uns que gostam de se expor, de vestir isso, mas têm outros que são mais comedidos e você tem que respeitar. Vai da diretoria escolher o atleta que tem esse perfil. Vou na parte mais técnica? Não? Então vou no cara que tem técnica um pouco inferior, mas é um cara aguerrido, que é tiro, porrada e bomba, não estou incitando a violência, é um cara que divide de cabeça, que vai pular do prédio sem paraquedas. É desse jeito que é o perfil do cara que vai jogar no Corinthians. O cara que é ‘não me toque, não vai’, é rolo compressor. O torcedor vê isso e fala: esse time me representa. Foi dessa forma que vi grupos vencedores e fui vencedor em grupos assim", finalizou Marcelinho.
Corinthians e Atlético-GO se enfrentam nesta quarta-feira, às 21h30, na Neo Química Arena. O Timão precisa reverter um placar de 2 a 0 sofrido no jogo de ida para avançar às semifinais. Se marcar dois gols de diferença, a equipe leva a disputa para os pênaltis. Uma vitória por três ou mais gols, faz o Corinthians avançar direto.
