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Ceni enfrenta maior pressão pelo São Paulo...

Após vitória na Sul-Americana, técnico terá desempenho avaliado pela diretoria diante de América-MG, pelo Brasileirão, e Ituano, pela Copa do Brasil
Foto: GE SPCeni enfrenta maior pressão pelo São Paulo e terá dois jogos cruciais por permanência
Ceni enfrenta maior pressão pelo São Paulo e terá dois jogos cruciais por permanência

Nem mesmo a vitória contra o Puerto Cabello, da Venezuela, por2 a 0, na última terça-feira, pela Copa Sul-Americana, alivia a pressão que o técnicoRogério Cenienfrenta no comando do São Paulo.

O presidente Julio Casares e sua cúpula vão analisar jogo a jogo o futuro de Ceni, e os dois próximos duelos serão cruciais para essa avaliação. No sábado, às 18h30 (de Brasília), o São Paulo encara o América-MG, pelo Brasileirão. Na próxima terça, terá o jogo de volta da terceira fase da Copa do Brasil contra o Ituano, após empate sem gols na ida, no Morumbi.

Uma derrota no sábado pode fazer o treinador nem dirigir a equipe na partida que vale uma vaga nas oitavas de final da competição mata-mata. Uma vitória deve dar sobrevida, com a obrigação de se classificar contra a equipe de Itu. Uma eliminação deve deixar a situação insustentável.

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Projeto Bahia Jovem - Entre Rios - BA

O momento é conturbado devido ao mau desempenho do time nos jogos importantes desta temporada. Além da eliminação nas quartas de final do Paulistão, a equipe empatou sem gols e fez uma de suas piores apresentações diante do Ituano, pela Copa do Brasil, e estreou no Brasileirão com derrota para o Botafogo.

Pressão de organizada

Essa sequência fez a torcida perder a paciência com Rogério Ceni– com direito a um pedido de demissão da principal torcida organizada do clube – e ele já não tem o total respaldo da diretoria, como foi visto em outras ocasiões.

A postagem da organizada, inclusive, marcou uma ruptura que deixou resquícios internamente. Esta foi a primeira vez que a torcida pediu de forma oficial a demissão do ídolo. O teor do texto pesa na avaliação da direção.

Ceni, antes dessa sequência, se disse tranquilo em relação à convivência com a direção, que não se pronunciou sobre a situação do treinador no comando técnico são-paulino.

Altos e baixos

Desde que foi contratado após a saída de Hernán Crespo, em outubro de 2021, Rogério Ceni viveu bons e maus momentos no comando do Tricolor. Seu auge foi a final da Copa Sul-Americana de 2022, quando foi derrotado pelo Independiente Del Valle, do Equador. Ele também foi vice-campeão do Paulistão do ano passado.

Neste ano, o treinador pediu jogadores, mas ainda não conseguiu fazer o time engrenar e emendar uma sequência de bons jogos.

– Quando o Muricy (Ramalho) saiu, ele disse que estavam matando os caras que respaldaram esse clube. Porém, eu não sinto falta de absolutamente nada. A direção tem todo o direito de fazer troca. Está no contrato – comentou o treinador, nesta terça.

– Saí duas vezes com o Fortaleza de acordo com o que estava no contrato. É um direito. Não é proibido que haja uma troca. A vida segue para todo mundo. A minha maior dificuldade foi há 33 anos anos, ganhando hoje uns 800 reais. E eu venci, não importa quantas vezes caia, o importante é quantas vezes você levanta – encerrou.

Em meio à oscilação atual, Ceni tem recebido apoio público dos jogadores. Depois da vitória sobre o Puerto Cabello, nomes como Calleri dedicaram o resultado ao técnico. Além disso, Ceni encerrou uma polêmica com Marcos Paulo ao abraçar o autor do primeiro gol são-paulino na partida.