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em estreia de Bruno Lage, Botafogo começa bem, classifica, relaxa sobre vantagem

Time empatou em 1 a 1 com o Patronato e avançou para as oitavas de final da Sul-Americana
Foto: GEEm estreia de Bruno Lage, Botafogo começa bem, classifica, mas relaxa sobre vantagem
Em estreia de Bruno Lage, Botafogo começa bem, classifica, mas relaxa sobre vantagem

Teve quem esperasse uma goleada do Botafogo contra o Patronato, pelo jogo de volta dos playoffs da Copa Sul-Americana. Depois de abrir vantagem de 2 a 0 no jogo de ida, com equipe mista, na Argentina, o time empatou em 1 a 1 no Nilton Santos, em noite que carimbou a classificação às oitavas de final. Com Bruno Lage no comando pela primeira vez, o Glorioso até deu sinais de que engataria uma larga vitória, mas acabou sucumbindo ao 3 a 0 no agregado, cedeu o empate, quase levou a virada, em atuação aquém do líder disparado do Campeonato Brasileiro.

O time misto colocado em campo pelo técnico português teve Gatito Fernández no gol, jogador que mais vestiu a camisa do Botafogo no atual elenco e que não atuava desde novembro do ano passado. O objetivo da mescla de jogadores era dar descanso à parte dos atletas que vinham de desgaste físico com a sequência de jogos.

Coube ao experiente jogador de 35 anos ser um dos destaques, fazendo três defesas difíceis, nas 16 finalizações da equipe argentina. Além dele, Janderson e Luis Henrique certamente tiveram um olhar especial do novo professor. O primeiro fez uma bela jogada para o gol do segundo, logo no início do jogo.

O ímpeto do Botafogo, que se estendeu até a metade do primeiro tempo, também contou com Matías Segovia, que iniciou entre os 11 titulares pela primeira vez. O jovem atacante conseguiu três boas finalizações com perigo, mas não conseguiu marcar. Na segunda metade, o Patronato mostrou que buscava a igualdade no confronto e passou a chegar com perigo.

Foto: GE1Botafogo empatou em 1 a 1 com a Patronato, pela Copa Sul-Americana — Foto: Vítor Silva / Botafogo

No segundo tempo ficou explícita a queda de rendimento, mesmo com o fôlego novo das alterações. A atuação também denotava desentrosamento entre parte dos jogadores - dos titulares, apenas Di Plácido, Cuesta, Tchê Tchê e Luis Henrique começaram o jogo.

- O que tiro de positivo é o conhecimento do grupo. Há um exemplo do meu lado (Gatito Fernández). A equipe vem de uma sequência de jogos muito pesada, muitas vezes a mesma escalação e nós precisamos mesclar. Por ter muita gente sem ter os 90 minutos, sentiu-se uma quebra que é normal principalmente para quem não tem ritmo. Até pelo o que foi o primeiro jogo e a sequência, fizemos a gestão perfeita.

O Botafogo quase tomou a virada aos 45 do segundo tempo, mas Sosa estava em posição irregular e o gol foi anulado. A postura final, com erros de passes e desarmes, inflamou parte da torcida, que chegou a vaiar o time no apito final. Mas o ambiente logo mudou.

Com um pé nas oitavas, o clube entendeu que era o momento de poupar parte do time. Com 3 a 0 no agregado, logo no início do jogo, relaxou no momento proprício. Agora, o foco volta para o Campeonato Brasileiro, quando enfrenta o Santos, na Vila Belmiro, às 16h. E a hora de virar a chave de volta para a Sul-Americana é no início de agosto - as datas dos jogos de ida e volta estão previstos para 2 a 9 do próximo mês.